domingo, 21 de octubre de 2007

Amor incondicional... existe?

A vida da gente é mesmo muito interessante e busca maneiras de fazer com que voce "faça a liçao de casa"...
Quando engravidei pela terceira vez, depois de oito anos, eu, como nas anteriores já sabia o sexo da criança (naquele tempo nao se realizava ultrason com a finalidade específica de informar o sexo do bebe) e eu tive muito claro na minha cabeça (esses insights que algumas vezes a gente percebe) que se realmente o bebe fosse uma menina (eu tinha a intuiçao de que sim seria) esse bebe, a minha filha, alteraria toda a minha vida (ahhh...essas mulheres!) Eu só nao sabia como nem porque. E assim foi.
E ela continua, de forma consciente ou nao, direta ou indiretamente, alterando minha vida e meus conceitos... um trabalho duro, doído, mas que me emociona, pois as vezes eu creio imutaveis alguns velhos pontos de vista e de repente me vejo envolvida em situaçoes que jamais teria encarado se nao fosse por ela, atraves dela ou com ela!
Uma das ultimas alteraçoes se refere ao modo de ver e encarar as pessoas que sao diferentes da gente anatomica e/ou intelectualmente. A primeira vez que minha filha se deparou com um grupo de discapacitados fisicos-psíquicos foi ainda no Brasil. Imediatamente se encantou e decidiu que sua funçao seria trabalhar com eles para sua educaçao e integraçao. Eu mal conseguia "manter o olhar" naquelas fotos que ela trouxe pra casa e me mostrou dizendo: "olha mae... que lindos que eles sao!!!" e tudo o que eu imaginava (pois eu nao conseguia olhar para as fotos que ela havia tirado para ilustrar o trabalho da faculdade e estava me mostrando) era um grupo de uma duzia de deficientes com paralisia cerebral que nao tinham independencia nenhuma e dependiam de auxilio ate para comer, mal balbuciavam meias palavras, babavam e se retorciam. Eu senti tudo, uma mistura de impotencia, medo, pena, nojo...frustraçao total.
E ela, dona dela, começou com esse grupo, e depois com outro de adultos internados num sanatorio, e outro de idosos. E hoje realiza feliz uma atividade que denominam "educadora" numa fundaçao modelo para a Europa. É um trabalho duro, exige amor, dedicaçao, amor, doaçao, amor, idealismo, amor, equilibrio, amor, sobretudo amor e que oerecea quem se sujeita, realizaçao pessoal instantanea!
Questionei com ela essa preferencia mas o amor que vejo em seus olhos e o prazer que lhe dá o contato com esse grupo me fez repensar alguns pré conceitos meus e eu fui me sentindo lentamente e cada vez mais cativada por esse amor... hoje encaro tranquilamente o grupo como até passei a participar de atividades com eles e a suprir a falta de uma colega sua no trabalho. Essa minha nova atividade me fez reavaliar varios conceitos:
* que quantidade de amor uma pessoa pode gerar.
* o que é amor incondicional
* o que é e o que significa o trabalho na vida de cada um.
* que é possível verdadeiramente amar pessoas muito diferentes de voce
* o que significa satisfaçao pessoal
* o prazer de ser útil ao próximo
E me emociono de saber que sim, sou capaz de fazer tambem, de passar por cima das barreiras que eu mesma construí, de me sentir mais proxima de Deus por estar mais perto deles....

2 comentarios:

Anónimo dijo...

Agora posso culpar voce por chorar e nao os hormonios...muito lindo esse post, que bom ter nas nossas vidas pessoas que nos fazem reavaliar os nossos conceitos e pre conceitos...
Beijos carinhosos
Mari

Anónimo dijo...

Oi amiga,
Estou aqui so na contagem regressiva, a previsao 'e para amanha mas pode ser que ele atrase um pouco ne?
Ontem fomos no parque aqui perto de casa e o Jason fez mais algumas fotinhos...Ele esta te enviando o endereco do baby blog assim voce pode ver tres fotos que ele postou la do meu barrigao, que alias esta bem maior.
Preciso te ligar para bater um papo um dias desses.
Beijos
Mari