jueves, 7 de junio de 2007

Que friiiiio..!!!

Quanta emoçao!

Depois de acomodada em casa, minha filha me apresentou a fundaçao Pere Mitjans onde conheci as pessoas que trabalham com ela. Fui recepcionada por um coro de vozes me chamando "Moniiiih" (é como ela me chama), bandeirolas espalhadas na sala com os dizeres "te quiero Monih","La hechamos de menos", "Bienvengut"... nao preciso dizer... mais um dia inteiro chorando de emoçao!

Devidamente acomodada eu e meus sentimentos, sobrava a dor! Que dor! Ainda mais no friozao que estava fazendo aquele Fevereiro (claro, para uma tropicana o frio estava de arrasar!). Minha filha talvez até por me ver sofrendo, logo eu que nunca sentia nada, tinha o maior pique, aquelas coisas...logo eu, prostrada e derrotada por uma enfermidade que eu sabia que se iniciava porem pensava que estando em tratamento, regridiria ou pelo menos estabilizaria...
Doce ilusao!

Parece que só piorava, eu já deprimida e acusando o frio europeu, me mandei pra Florida! Era uma forma de olhar de longe a minha nova situaçao morando de novo com minha filha, avaliar o que eu realmente sentia pelo Jim e medir o quanto as temperaturas mais baixas influenciavam na minha dor.

Passei lá 23 dias e realizei que sim queria viver com minha filhota, que sim o sentimento por ele era forte e verdadeiro, e que realmente o frio piorava minha dor... e agora que fazer? Acordamos entre outras coisas (Jim e eu) que eu voltaria pra viver com ele no final daquele ano, pois entao já teria passado um 8 ou 9 meses com minha filha, dado a ela um certo apoio emocional (ela estava recem separada do marido e sofrendo muuuuito!), encontraríamos um trabalho pra eu fazer em SouthHampton no verao e iríamos nos falando via email e telefone.
Na despedida ele, sempre muito carinhoso me disse, entre outras coisas, que iria sentir muito a minha falta... pois depois disso poucas vezes nos falamos... ele nao acredita na possibilidade das pessoas irem e virem, na manutençao do sentimento à distancia, no amor em geral, alem de dizer que nunca foi amado; imagino que ele nunca permitiu e tampouco sequer alimentou um amor...!

Apesar de eu insistir tremendamente, a comunicaçao com ele foi esfriando... e eu decidida a tocar minha vida neste ano conforme eu havia planejado, afinal o movimento sofrido que fiz teria um ciclo e eu queria vive-lo.


Dia vai, dia vem, a fila andou e conheci um cara bacana que me proporciona momentos agradabilissimos e assim fui esquecendo o Jim... ai...

Nesse tempo minha qualidade de vida estava péssima: andar até a esquina era longe demais pra mim! Passear pela cidade? nem pensar! Sair de compras e provar roupas? morria de dor! Ir pra praia? só se fosse levada na moto! Andar na praia? impossivel! Dançar? só em sonhos! Nem dormir mais eu conseguia de tanta doooooor!!!

Entao foi aí que descobri um cisto na virilha e pensei: é ele! ele é a causa das minhas dores constantes; volto ao Brasil, minha medica me opera e eu vou ser feliz novamente!!!

Sei...Entao tá....



1 comentario:

Virginia dijo...

Até eu chorei aqui, lendo o teu relato: que lindo!!!! Vê, se escreve Cleide, escreve meeeesmo, porque é uma delícia ler o que vc escreve, porque vc escreve com o coraçao, viu??
Vc já estava na minha lista de Blogs, agora vou atualizar o endereço.
Beijaum!!!